Um veículo autônomo Waymo operado pela Alphabet do Google recentemente entrou diretamente em um impasse policial ativo em Los Angeles, colocando seus passageiros em uma situação perigosa. O incidente, que envolveu um Jaguar I-Pace branco, ocorreu enquanto os policiais apreendiam um suspeito com armas em punho sob a vigilância de um helicóptero da polícia.
O incidente se desenrola
O robotáxi Waymo se aproximou de uma barricada policial no cruzamento da Broadway com a 1st Street, ignorando as luzes piscantes e gritando comandos. Com a seta ativada, o veículo passou pelo local, evitando por pouco o confronto com os policiais e com o suspeito que já estava detido. A manobra do veículo foi descrita como “sinuosa” por testemunhas, complicando ainda mais a situação.
Waymo confirmou que o veículo “saiu do local em segundos”, entregando seus ocupantes ao destino sem ferimentos. Um porta-voz enfatizou a segurança como a principal prioridade da empresa, afirmando que estes eventos incomuns são tratados como oportunidades de aprendizagem para melhorar a segurança no trânsito. O LAPD confirmou que o robotáxi não interrompeu sua operação.
Problemas recorrentes com veículos autônomos
Este incidente é o mais recente de uma série de acidentes envolvendo Waymo e outros serviços de robotáxi. Incidentes anteriores incluem veículos sendo parados para manobras ilegais, dirigindo na contramão nas ruas e sendo vandalizados durante tumultos em Los Angeles. Esses acontecimentos levaram a Waymo a suspender temporariamente as operações em áreas de alto risco para garantir a segurança dos passageiros.
Várias outras empresas, incluindo Tesla e General Motors (GM), também estão testando robotáxis em vias públicas. A GM, no entanto, abandonou seu projeto Cruise robotáxi no final de 2024, após vários incidentes e suspensão de licença na Califórnia.
Debates Tecnológicos e Preocupações Públicas
O incidente levanta questões sobre a confiabilidade dos sistemas autônomos em condições dinâmicas do mundo real. Especialistas do setor debateram os méritos de diferentes tecnologias, como o LiDAR, que Jim Farley, CEO da Ford, acredita que dá ao Waymo do Google uma vantagem sobre a abordagem baseada em câmeras da Tesla. O LiDAR pode melhorar a percepção de profundidade em ambientes com pouca luz, reduzindo potencialmente acidentes graves em até 20%, de acordo com a Volvo. No entanto, até a Volvo decidiu recentemente remover o LiDAR dos seus novos veículos devido a problemas na cadeia de abastecimento.
A opinião pública continua dividida. Uma pesquisa recente na Austrália descobriu que quase metade dos entrevistados se opõe a carros totalmente sem motorista nas estradas locais. O debate centra-se na segurança, na responsabilidade e na natureza imprevisível dos ambientes urbanos.
O incidente serve como um lembrete claro de que os veículos autónomos, embora promissores, ainda não são infalíveis e requerem uma supervisão cuidadosa em situações complexas. A sua implantação contínua nas vias públicas dependerá da abordagem destes desafios e da construção da confiança do público na sua segurança e fiabilidade.























